domingo, 2 de setembro de 2012

“ Crack ”

O flutuar traz instantes felizes.
Na brisa louca da pedra inflamada.
Maquilar de traumas, de dores.
Uma efêmera emoção que torna-se morada.
Da qual não se sai ileso, sem cicatrizes.
Muitas vezes a própria cova cavada.
Senda pedregosa, que de início parecia flores...

O Estado cega-se, a polícia varre.
Como lixos humanos a esconder.
Ninguém acolhe, ninguém liga pro que morre.
É mais fácil pisar ao invés de resolver.
Estender a mão é difícil, ainda mais a quem está de porre.
Uma endemia cada dia a se estender.
E quando a droga acaba, é aquele corre-corre...


Elder Prates.

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