“ Ainda acredito ”
Acredito... Ainda acredito...
As atrocidades aumentam acentuadamente.
Apoiamos assassinos, abraçamos aloprados.
Aceitamos algumas aberrações, assombrações.
Afrouxamos as amarras, a atenção...
Adoramos anarquias, ateísmos, ativistas artificiais.
Anulamos amigos, apedrejamos amores.
Arfamos árduos ares ao arruinarmos alamedas.
Andamos anestesiados, alucinados, alienados...
Admitimos a avacalhação, a antropofagia, a adulteração.
Adormecemos acordados, adoecemos...
Apodrecemos ao apoiar apologéticos.
Ao aplaudirmos austeridades autárquicas.
Ao atestarmos avanços avarentos, apenas ambiciosos.
Abrimos abismos... Assumimos a arrogância...
Aaaa... A arrogância...
Antes, assustadoramente antes, as almas amavam...
Agora alucinadas andam armadas.
Açoitam anjos, aprovam algazarras.
Aderem a alados algozes, a astutos atrozes.
Apagam auréolas, aparências ainda alvas.
Alastram aterrorizadoras atitudes, amiúde.
Ainda assim, acredito... Acredito...
Elder Prates.
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